A retocolite ulcerativa (também chamada de colite ulcerosa) é uma doença inflamatória intestinal. Ela causa a inflamação da parede interna do cólon (intestino grosso).

O processo inflamatório acontece nas áreas terminais do cólon e do reto e, geralmente, causa erosões, edemas e úlceras múltiplas ao longo do intestino grosso, em especial na área final dele.

Ela é uma doença autoimune e, portanto, o sistema imunológico do próprio paciente agride a mucosa do intestino.

A retocolite ulcerativa, diferente da doença de Crohn, ataca exclusivamente a área do cólon e reto.

A parte mais atingida é o reto, com mais de 95% dos pacientes diagnosticados com retocolite ulcerativa tendo inflamação dessa área. Quando não são encontradas lesões na região do reto, o médico tem bons motivos para descartar o diagnóstico dessa doença.

Dependendo da extensão e da localização da inflamação, a retocolite ulcerativa pode ter denominações diferentes, tais como:

• Proctite ulcerativa: quando a região atingida é apenas o reto;
• Proctosigmoidite ulcerativa: quando a região atingida vai do reto e até o cólon sigmoide, não chegando ao cólon descendente;
• Colite extensa: quando a região atingida pela enfermidade atinge o reto, cólon sigmoide e todo o cólon descendente;
• Pancolite: quando a região atingida é o cólon inteiro.

Epidemiologia

Esse tipo de condição afeta em torno de 0,3% das pessoas. Mesmo sendo um valor aparentemente pequeno, percentualmente falando, se consideramos que a população de alguns países passa de 200 milhões de habitantes (como o Brasil, EUA, Índia e tantos outros) alcançamos números que chegam aos milhões de pacientes.

Em nosso país, os casos têm aumentado e, desde a década de 90, a retocolite ulcerativa aumentou em torno de 14% em nossa população. Uma característica das doenças inflamatórias intestinais é que as mulheres costumam ter um pouco mais de propensão para o desenvolvimento da enfermidade, principalmente na faixa dos 15 aos 30 anos de idade.

Origem

A origem da colite ulcerosa ainda não é totalmente conhecida, mas pacientes com estresse alto e problemas na dieta podem ter agravamento do quadro. A hipótese mais aceita é que seja autoimune.

• Fatores que aumentam o risco de desenvolver a retocolite ulcerativa
• Histórico familiar da doença;
• Irritação e inflamação do tubo digestivo por Salmonella ou Campylobacter;
• Dificuldades para dormir que causem privação severa do sono;
• Utilização muito frequente de remédios anti-inflamatórios;
• Falta de atividade física;
• Alimentação com muita gordura animal;
• Consumir poucas fibras;
• Insuficiência de vitamina D.
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Principais sintomas da doença

Alguns dos sintomas mais comuns são:

• Eliminação frequente de fezes em forma líquida e abundante, que podem ou não ter muco, pus ou sangue;
• Falta de controle da evacuação (incontinência ou constipação intestinal);
• Presença de sangue nas fezes;
• Cólicas e dores abdominais;
• Sentir dor ao evacuar as fezes;
• Atraso no crescimento das crianças;
• Anemia;
• Cansaço;
• Perder peso;
• Ter febre.

Caso tenha algum destes sintomas, procure um médico o mais breve possível.