Colecistostomia é o procedimento em que o médico realiza a drenagem externa da vesícula biliar. Ela é feita com uma incisão pequena ou percutânea utilizando material próprio para a punção.

Esse material é um tubo externo, que é colocado com auxílio de exames de imagem, para fazer a drenagem do conteúdo da vesícula biliar para fora do corpo do paciente. A denominação desse procedimento é colecistostomia percutânea. Ao fazer essa drenagem do conteúdo da vesícula biliar, o médico retira o resíduo orgânico infectado, dando condições para que a pessoa consiga melhorar o seu estado de saúde.

A colecistostomia é recomendada em casos bem específicos, sendo reservada para os quadros em que o paciente apresenta colecistite aguda (infecção da vesícula biliar). Nesses casos a gravidade da situação do paciente é muito mais severa, sendo assim extremamente arriscado fazer uma cirurgia de retirada completa da vesícula (colecistectomia), que é o procedimento adequado nos casos de infecção da vesícula biliar.

Como é uma técnica menos agressiva, a colecistectomia acaba sendo o tratamento preferencial para a colecistite. Ela é feita por vídeo-laparoscopia. Entretanto, nos pacientes diagnosticados com quadros mais graves, a opção da terapêutica percutânea precisa ser considerada.

A técnica de colecistostomia transmural, usando a orientação por ultrassom e a CPRE com esfincterotomia podem ser usadas para um número pequeno de grupos de pacientes mais idosos ou que tenham um alto risco de colecistite aguda.

Indicações:

• Casos de colecistite aguda para melhorar o estado clínico do paciente, deixando-o em condições para posteriormente realizar uma cirurgia.
• Situações em que o paciente está em estado crítico em uma UTI com quadro de colecistite e não existem condições de realizar intervenção cirúrgica.
• Considerando todas as opções disponíveis, é correto afirmar que a colecistostomia é uma técnica com boa relação risco/benefício em comparação com alternativa, que é fazer uma intervenção cirúrgica padrão em pessoas com casos mais graves. A vantagem fica mais evidente nos casos em que os pacientes são idosos.
• Em qualquer situação, é importante conversar com o médico, pois ele poderá tirar qualquer dúvida sobre qual modalidade será escolhida.