Dr. Fabrício Matos, Coloproctologista em Itabuna-BA


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Fístula Anal

A fístula perianal se caracteriza por uma comunicação anômala entre duas regiões revestidas por epitélio, uma das quais é o canal anal ou o reto. Na verdade, na maioria das vezes, os abscessos e fístulas perianais representam a manifestação aguda e crônica, respectivamente, de um processo inflamatório perianal.

 

Origem

Na maioria das vezes, a origem dos abscessos anorretais e fístulas é a mesma, já que estas são doenças que estão diretamente relacionadas.

Entre as outras causas estão:

  • Traumáticas e pós-operatórias (em torno de 3% das ocorrências);
  • Vinculadas com casos de fissura anal (em torno de 3% das ocorrências);
  • Vinculadas com doença inflamatória intestinal (em torno de 3% das ocorrências);
  • Tuberculose (cerca de 1% das ocorrências).

Além disso, as fístulas perianais podem ainda surgir como consequência de outras afecções, como tumores anorretais, actinomicose, linfogranuloma venéreo, proctite actínica e leucemia.

 

Descobertas Clínicas

As manifestações das fístulas perianais geralmente apresentam secreção purulenta na borda anal. Isso pode ocorrer de forma intercalada e também estar ligada à presença de dores locais e edemas, principalmente nos casos em que acontece a obstrução ou fechamento do orifício exterior da fístula.

Em alguns casos, pode existir a presença de pus ou muco nas fezes.

A realização de exames proctológicos

Durante a realização dos exames proctológicos o médico poderá visualizar o orifício externo da fístula, que às vezes tem saída de secreção purulenta.

Também poderá ser observada a presença de uma área mais rígida no transcorrer da palpação, que corresponde ao trajeto fistuloso.

 

Tratamento

A cirurgia é a forma de tratamento das fístulas perianais sintomáticas. Apenas nos casos em que tenha doença de Crohn e fístulas perianais o médico deve reforçar a indicação de tratamento mais conservador, deixando a cirurgia reservada para os casos muito severos.

A meta da realização da cirurgia é a retirada da fístula sem comprometer a capacidade de continência fecal.

Para que esse objetivo seja atingido, o procedimento cirúrgico tem que ser o mais adequado para o quadro do paciente. O cirurgião precisa fazer o exame proctológico completo para a identificar o que melhor atende a situação do paciente.

 

Conclusões

As fístulas perianais e os abscessos representam fases diferentes da inflamação e infecção das glândulas anais. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhores serão os resultados obtidos no tratamento.

Por isso, é fundamental que o paciente consulte um médico ao notar os primeiros sintomas. Isso pode fazer toda a diferença no sucesso do tratamento.